Após feito um estudo foi elaborado um painel que está à entrada da escola.
Aqui fica uma pequena explicação deste tema tão atual.
O Multiculturalismo é um termo que descreve a existência de muitas culturas numa localidade, (cidade ou país)
“Ter na turma um ou dois colegas de origem africana foi algo que sempre encarámos com naturalidade. Portugal está unido a África por laços históricos e afetivos. Porém, hoje as nossas escolas têm alunos oriundos de 130 países, desde os que falam português até a nações do Leste da Europa, como Ucrânia, Moldávia, Roménia e Rússia, e da Ásia, como a China, com culturas diferentes.
A escola, reflexo da nossa sociedade, é, neste momento, um espaço de encontro de culturas. Podemos dizer que estamos perante uma «escola multicultural».
Falar de multiculturalidade é falar de diferenças: de língua, religião, costumes… É falar de uma cultura que acolhe outras culturas. A escola – assim como a sociedade –, perante este fenómeno, é desafiada a repensar estratégias para acolher estes alunos, que, na maior parte das vezes, só dominam a língua do seu país de origem. Tais estratégias terão como objectivo a integração destes alunos na comunidade escolar, para que adquiram as aptidões necessárias para se realizarem na sociedade que os acolhe – com um emprego e com capacidade para intervir na política, cultura ou religião –, sem perderem as suas origens.
Migrar
Como podes imaginar, deve ser muito difícil estar num país que não se conhece, cuja língua mal se domina, sem amigos.... Se temos alguma dificuldade em nos integrarmos quando mudamos de escola, ou de bairro, pior será quando mudamos de país e vamos para uma escola com normas e sistemas completamente diferentes.
As coisas podem tornar-se mais fáceis se formos acolhidos e respeitados nas nossas diferenças, quer pelos professores e colegas, quer por toda a comunidade.
A diferença é um valor
A diferença é, por vezes, geradora de conflitos. Temos a tendência a rejeitar e não gostar daquilo que é diferente, daquilo que consideramos esquisito, que não compreendemos. Porém, a diferença deve tornar-se um desafio. O desafio de acolher e respeitar a diferença. Perceber que não há culturas melhores que outras, mas que há apenas culturas diferentes.
A diferença é um valor que nos enriquece. Posso não ter esta ou aquela religião. Posso não entender esta ou aquela ideia. Posso mesmo não concordar com este ou aquele preceito. Posso até achar cómico esta ou aquela forma de vestir, mas isso não me dá o direito de discriminar, gozar ou criticar. Conhecer outras culturas, outras formas de estar e de pensar a realidade só me enriquece e torna-me mais capaz para me aproximar e compreender o outro.
Conviver é respeitar-se
Uma escola multicultural é uma escola rica. É um espaço com muitas identidades que se identificam pela boa convivência, pelo respeito, pela partilha e por objectivos comuns. A escola, como espaço de saber, é o lugar privilegiado para fomentar este respeito e esta convivência. Mas atenção. O respeito não passa só pela cultura que recebe, pela escola que acolhe. O respeito passa também pela cultura que é recebida, pelo aluno que é acolhido. Também ele tem de respeitar as regras da cultura, da sociedade, da escola que o acolhe. O respeito é mútuo. Cabe a cada uma das partes não gerar um confronto de culturas, mas fomentar e construir um encontro de culturas e de saberes.
Contudo, recordando o lema «todos diferentes, todos iguais», relembro-te que a boa convivência depende, antes de mais, da tua, da minha, da nossa atitude de respeito para com quem recebemos e para quem nos acolhe, mesmo sendo diferentes.”
Texto retirado de: http://www.audacia.org/
Sem comentários:
Enviar um comentário